sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Resposta da Candidata Ilda Figueiredo às nossas questões colocadas a 22 de Setembro:

«Ex.ºs Senhores,


Venho, por este meio, agradecer a Vossa carta, bem como os esclarecimentos que nos prestam relativamente ao projeto de reabilitação do Mercado do Bolhão, designadamente ao nível das soluções propostas para o terrado.

Como é sabido, a CDU sempre lutou pela reabilitação do Mercado do Bolhão, considerando que a mesma deveria basear-se em 4 princípios:

· Manutenção da venda de produtos frescos como atividade fundamental;

· Manutenção, no mercado, a preços comportáveis, de todos os comerciantes (interiores ou exteriores) atuais que o pretendam;

· Manutenção da gestão pública do Mercado;

· Preservação das suas caraterísticas patrimoniais, embora naturalmente sujeito às novas regras ao nível de higiene e eficiência energética.

O projeto e o modelo de gestão preconizados atualmente pela Câmara Municipal do Porto alegadamente satisfazem estes princípios, considerando a CDU que deu um contributo fundamental para a sua adoção (recorde-se que a proposta que o atual presidente da câmara apresentou em 2013 previa um modelo privado tipo superfície comercial e que o próximo PS manifestou apoio ao projeto de parceria com a Trancrone apresentada por Rui Rio…). Contributo esse que contou, naturalmente, com a força da luta travada por comerciantes, população e diversas instituições da cidade.

No entanto, conscientes que persistiam ainda dúvidas relevantes, oportunamente a CDU propôs a constituição de uma Comissão de Acompanhamento à reabilitação do Mercado do Bolhão na Assembleia Municipal, proposta que foi rejeitada com os votos de Rui Moreira/CDS e PS.

Consideramos fundamental executar a reabilitação com a maior celeridade (e preocupam-nos, seriamente, os atrasos que se estão a registar nas obras em execução), salvaguardando os direitos dos comerciantes (do interior e do exterior), quer durante o período em que terão de abandonar os seus espaços, quer aquando do seu regresso.

Não obstante esta posição, cremos que as questões que levantam são pertinentes, pelo que nos comprometemos a propor que a Câmara as debata, ponderando, em todas as vertentes os respetivos custos e benefícios – ao nível patrimonial, da funcionalidade, dos prazos e dos valores do investimento.

Reiterando o meu agradecimento, aproveito a oportunidade para apresentar os meus melhores cumprimentos

Ilda Figueiredo»

Fórum Cidadania Porto continua a luta pelas barracas do Bolhão

O piso térreo do Mercado do Bolhão é preenchido por quatro tipo de barracas com o mesmo comprimento, mas larguras diferentes, segundo o arquitecto.

In Público (28.9.2017), por Sara Lopes e Paulo Pimenta (foto):

«Em 2015, Alexandre Gamelas e Catarina Santos lançaram uma petição online para evitar a destruição das barracas do Bolhão. O projecto do Mercado, depois de aprovado pela Direcção Regional de Cultura do Norte, prevê a manutenção de duas barracas. Para o Fórum Cidadania Porto, isso não é o suficiente.

Dois anos depois da criação da petição "Salvar os pavilhões do Mercado do Bolhão", Alexandre Gamelas continua a lutar pela preservação das barracas do Bolhão. Desta vez enquanto membro do Fórum Cidadania Porto. Em conjunto com Catarina Santos, consultou o projecto para o Mercado, reparando na existência de duas barracas junto da entrada da Rua Formosa. Segundo o arquitecto, essa foi uma exigência feita pela Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), aquando da revisão do projecto. Exigência essa, “não muito divulgada”. Contudo, o objectivo é mantê-las a todas.

A Câmara “não queria, mas foi obrigada a manter duas barracas como memória futura”, afirma o arquitecto, antes de começar a sessão pública de esclarecimento sobre o projecto, onde pretendia incentivar à discussão pública. Com esta apresentação, que decorreu nesta quarta-feira à noite, Alexandre Gamelas pretendia “informar os portuenses” e, dessa forma, conseguir obter mais assinaturas na petição online. Para já conta com 2104 assinaturas mas tem como objectivo chegar às 4 mil para que dessa forma a petição possa chegar à Assembleia da República.

Enquanto isso, o arquitecto volta a “apelar à Câmara para que faça uma alteração ao projecto, de forma a incluir os pavilhões”. “Manter as barracas não impede a manutenção do património cultural”, defende, reiterando que os pavilhões “não são incompatíveis com o funcionamento do mercado, nem com o projecto actual”. Em época de eleições autárquicas, o arquitecto, em conjunto com o Fórum Cidadania Porto, enviou cartas abertas, a Rui Moreira e a todos os candidatos à Câmara do Porto, explicando a situação para que estes se “comprometam a preservar o património”. Para já, sem resposta.

“Este projecto é apresentado como conservador, mas não é”, afirma. Tendo como comparação a requalificação de edifícios que tem sido feita pela cidade, Alexandre Gamelas aponta para uma “reabilitação onde se mantém a fachada, mas se destrói tudo o que está no interior”. “Ao fazer isto, a Câmara está a enviar a mensagem de que destruir o património não faz mal”, lamenta, dizendo que a demolição das barracas é uma “uma decisão política”.

O projecto aprovado pela DRCN prevê a utilização de modelos de bancada extensíveis, que ocupam aproximadamente o mesmo espaço que as barracas existentes, e a construção de uma cave, que é apresentada como “justificação para a demolição dos pavilhões”. O custo final das obras do Mercado do Bolhão, apesar de estipulado em 25 milhões de euros no máximo, poderá ser de 33 milhões segundo o arquitecto, que afirma ter encontrado essa informação nos detalhes do projecto.O início das obras está previsto para Janeiro.

Há cerca de um ano, este tema também foi debatido pelo arquitecto Joaquim Massena que apresentou uma participação no Ministério Público.

Texto editado por Ana Fernandes»

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

QUINTA DE SALGUEIROS: APOIO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS JARDINS HISTÓRICOS


A Direcção da Associação Portuguesa dos Jardins Históricos (AJH) apoia a petição pela Salvaguarda, Classificação e Reabilitação da Quinta de Salgueiros, no Porto, e apela à sua subscrição e divulgação.

Reconhecendo o valor patrimonial e histórico da Quinta, a AJH salienta o facto de “ali ter funcionado o viveiro de Jacintho de Matos (m. 1948), um dos maiores jardineiros-paisagistas portugueses da primeira metade do século XX em Portugal”;

«A Quinta de Salgueiros, propriedade da Câmara Municipal do Porto, tem permanecido abandonada ao longo dos anos.
Leiam a petição, assinem e divulguem! Obrigado
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT86412

Informação sobre a Quinta, entregue ao IPPAR no ano 2000:
https://issuu.com/miguela.rodrigues/docs/quinta-de-salgueiros-porto

Outra informação:
http://dias-com-arvores.blogspot.pt/2007/02/manhattan-nas-antas.html»

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Ponte Maria Pia - Novo apelo ao Primeiro-Ministro


Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro
Dr. António Costa


No seguimento do apelo que fizemos a Vossa Excelência no dia 17 de Junho (http://cidadaniaprt.blogspot.pt/2017/06/ponte-maria-pia-apelo-ao-primeiro.html), solicitando que considerasse como prioritária a recuperação e a reabertura ao público da Ponte Maria Pia, que fará 140 anos no próximo dia 4 de Novembro, recebemos da empresa Infraestruturas de Portugal, a 21 de Julho, a seguinte resposta:

«Relativamente ao solicitado, que mereceu a nossa melhor atenção, informa-se V. Exas. que a IP tem estado a analisar o aproveitamento da Ponte D. Maria Pia sobre o rio Douro para a criação de um circuito pedonal e clicável, incluindo a eventual utilização da ligação existente ao Ramal da Alfândega, com várias entidades públicas e privadas.
No entanto, até à data, ainda não houve qualquer proposta concreta passível de merecer o acordo desta empresa quanto à possibilidade da concretização deste propósito.
Aproveitamos para agradecer a vossa participação e ficamos à disposição de V. Exas para qualquer esclarecimento adicional.»

Face ao exposto, e porque acreditamos que, seja qual for a solução para a sua reutilização (ponte pedonal, ciclovia, metro ligeiro de superfície, etc.), o seu futuro terá que passar por um entendimento de facto entre a Câmara Municipal do Porto e a Câmara Municipal de Gaia, solicitamos mais uma vez a Vossa Excelência, Senhor Primeiro-Ministro, para que interceda directamente nesta questão, promovendo junto da tutela ministerial e dos responsáveis máximos pelas autarquias de Gaia e do Porto, a concertação de vontades necessária para que se encontre rapidamente uma solução para a Ponte Maria Pia, seja pela cedência da tutela da mesma àquelas autarquias, de forma definitiva ou não, seja por outro modo, para que seja possível a reabertura da ponte à população a muito curto-prazo.

Alertamos também Vossa Excelência para a necessidade de se garantir o bom estado de conservação da Ponte Maria Pia, pelo que a sua manutenção é uma exigência permanente. Tal, contudo, não nos parece que esteja a ser feito, pelo que urge garantir que este Monumento Nacional não entre em degradação.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.


Alexandre Gamelas, Carlos Machado e Moura, Francisco Sousa Rio, José Manuel Lopes Cordeiro, Nuno Gomes Oliveira, Nuno Quental, Paulo Ferrero, Paulo Jorge Sousa Costa, Virgílio Marques

(Foto da DGPC)

Reabilitação do antigo matadouro industrial - protesto e chamada de atenção à CMP

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto Dr. Rui Moreira CC. AMP e media Tomamos conhecimento de imagens virtuais dand...