Dr. Rui Moreira
CC. AMP e media
Vimos pelo presente apresentar o nosso protesto veemente pela pré-anunciada destruição da casa onde morreu António Nobre, sita na Avenida do Brasil, nº 521, segundo consta da página online da imobiliária Alfa Atlântica, e de que anexamos imagem.
De facto, esta moradia, apesar do seu inegável valor cultural e afectivo para a cidade do Porto e apesar de ter sido objecto de uma petição lançada pelo escritor Mário Cláudio em 2015 (https://www.publico.pt/2015/02/09/local/noticia/lancada-peticao-para-recuperar-a-casa-de-antonio-nobre-1685575), nunca foi classificada nem intervencionada pela Câmara Municipal do Porto, para grande espanto de todos quanto se preocupam com a identidade e a memória da cidade, na Foz, em particular.
Apelamos a V. Exa., Senhor Presidente, para que evite esta demolição e diligencie para a posse administrativa da moradia, sustendo a sua derrocada e recuperando-a enquanto casa-museu, negociando com o proprietário a eventual concessão de créditos de construção em terrenos municipais, longe de afectarem a história e o património da cidade.
Protestamos, igualmente, pelo tendencial alinhamento de cérceas que vem a ser utilizado como argumento para muitas das demolições na cidade, o que a nosso ver é pernicioso em termos da malha urbana, que se pretende diversa.
Apelamos ainda a que a Câmara Municipal do Porto não autorize o desfigurar irreversível do ainda interessante edifício vizinho da casa dos irmãos Nobre, o nº 523, de gramática Arte Nova, período artístico cada vez mais depauperado em termos locais, regionais e nacionais.
Com os melhores cumprimentos
Alexandre Gamelas, José Pedro Tenreiro, Malcolm Millais, Nuno Quental, Paulo Ferrero, Paulo Visani Rossi, Virgílio Marques
Estamos perante um enorme atentatado ao património e valores culturais que a CMP teima em não valorizar...
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