Doutor António da Ponte
Cc. CMP, AMP, VHILS e media
Como é do conhecimento de V. Exa., encontra-se iminente a alteração irreversível (ainda que apelidada de “efémera”) da fachada do "Edifício Santo António", do Parque Residencial da Boavista (Foco), que faz parte, recorde-se, de um conjunto habitacional de referência da arquitectura moderna no Porto, e que é da autoria, entre outros, do arq. Agostinho Ricca, por sinal objecto de recente e justíssima comemoração do centenário do seu nascimento, em 2015, o que reforça a nossa surpresa pelas notícias vindas agora a público.
Independentemente de, mais uma vez, o licenciamento do projecto de alterações em causa ter sido processado administrativamente em tempo recorde (deu entrada na Câmara Municipal do Porto em 31 de Julho e foi aprovado a 16 de Agosto de 2017);
E independentemente da qualidade artística, da inventividade e do sucesso mediático de que as intervenções de Vhils sempre se revestem, contactamos esses serviços no sentido de,
· Apresentarmos o nosso protesto pela não consideração pelo então IGESPAR do pedido de classificação de interesse público apresentado a esses serviços pela arq. Graça Correia, em 2010; · E solicitarmos a V. Exas. a reapreciação, com carácter de urgência, do pedido de classificação referido, corrigindo in-extremis a grave injustiça da sua anterior não aceitação, e garantindo que um legado importante como o presente se salvaguarda autêntico e uno para as gerações futuras.
Renovamos a nossa total disponibilidade para colaborarmos com a DRC-N nesta e em toda a matéria, sempre que a considerem útil e sempre que nos possibilite ajudar a cimentar a confiança dos cidadãos nas suas instituições e, mais importante, assegure a salvaguarda do património desta região, que é de todos.
Melhores cumprimentos
Alexandre Gamelas, Carlos Machado e Moura, José Pedro Tenreiro, Nuno Gomes Oliveira, Paulo Ferrero
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