segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Confeitaria Cunha - Apelo URGENTE ao Presidente da CM Porto

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Rui Moreira


Cc. Confeitaria Cunha, AMP, Patrícia Bento d'Almeida, DRC-N e media

No seguimento de notícias vindas a público dando conta do encerramento iminente da Confeitaria Cunha (https://www.jn.pt/local/noticias/porto/porto/interior/cunha-luta-contra-fecho-8880131.html) e, consequentemente, do seu snack-bar, obra emblemática de Victor Palla e Bento d'Almeida, datada dos anos 70 e um dos marcos do Moderno na cidade do Porto, apelamos a V. Exa. para a necessidade urgente da Câmara Municipal do Porto tudo fazer, os possíveis e os impossíveis, de modo a assegurar a permanência e a integridade desta obra maior do Porto de Tradição.

Confessamos a nossa perplexidade, não tanto pelo esquecimento a que os serviços da Direcção Regional de Cultura do Norte votaram este espaço - que vem no seguimento do que têm feito em várias outras situações - mas pelo facto do espaço do "snack-bar" Cunha não estar já Classificado de Interesse Municipal e, mais recentemente, no rol de lojas contempladas pela iniciativa camarária "Porto de Tradição".

Juntamos fotos (© Arménio Teixeira, in Facebook) que atestam da beleza, singularidade e grau de conservação do espaço em apreço. Trata-se, recordamos, de uma "obra total" em que a dupla de arquitectos - formada, aliás, na Escola do Porto (onde se refugiariam do academicismo lisboeta e onde se conheceram) - pôde pensar todos os detalhes, como era comum à sua praxis, tomando, justamente, particular interesse e inventividade na tipologia por eles "importada do snack-bar.

Este ano mesmo teve lugar uma grande retrospectiva no Centro Cultural de Belém (que importa mostrar também no Porto), que deu a conhecer o seu trabalho trans-disciplinar e cujo catálogo contém importantes contributos para o entendimento da singularidade da sua obra no panorama nacional e mesmo internacional: "Victor Palla e Bento d' Almeida. Arquitetura de outro tempo".

Finalmente, colocamo-nos à inteira disposição da Câmara Municipal do Porto e da Confeitaria Cunha, para ajudarmos no que for possível e na medida das nossas capacidades.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Alexandra Gamelas, Ana Alves de Sousa, Carlos Machado e Moura, José Pedro Tenreiro, Paulo Ferrero, Pedro Figueiredo, Paulo Sousa Costa, Rui Ferreira, Francisco Sousa Rio, Nuno Gomes Oliveira

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Obras no Rio Tinto em Campanhã - protesto e pedido de consulta

Exmo. Senhor Presidente da CM Gondomar
Dr. Marco Martins,
Exmo. Senhor Presidente da CM Porto
Dr. Rui Moreira,
Exmo. Senhor Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente
Dr. Nuno Lacasta,
Exmo. Senhor Presidente da Águas do Porto
Eng. Frederico Fernandes,
Exmo. Senhor Presidente da LIPOR Gondomar
Sr. José Fernando Moreira,


Vimos pelo presente apresentar a V. Exas. o nosso protesto pela forma como estão a decorrer as obras de colocação do colector de esgotos ao longo do Rio Tinto, em Campanhã, resultando na destruição das suas margens da forma que as imagens ilustram (ver anexos, alusivos às ruas do Pego Negro, Lagarteiro e Azevedo).

Com efeito, está a ser severamente afectado todo o ecossistema do local, com especial destaque para as margens naturais, sendo a obra supostamente para despoluir o rio (a jusante e não a montante, como mandaria o bom senso) e suportada por verbas da UE.

Lamentamos que não tenha havido consulta pública durante a fase de concepção da obra. Contudo, ainda há oportunidade para corrigir alguma coisa e, mais importante, repor o que foi partido: as estruturas em pedra que suportavam as margens (represas e outras estruturas hidráulicas), evitando ainda que o rio seja assoreado e, tão importante ou mais, assegurar a boa permanência da vegetação ripícola.

Assim, solicitamos à Águas do Porto e à Câmara Municipal de Gondomar que lancem mão de um Plano de Recuperação do curso do Rio Tinto em Campanhã/Rio Tinto que permita que as suas margens sejam protegidas, o património protegido, que a agricultura regresse às suas margens, que a população possa fruir do seu curso, re-naturalizando o que pode ser re-naturalizado, e conservado o que deve ser conservado, com a reconstrução e afundamento das albufeiras e das represas, a reconstrução e manutenção livre e desimpedida das levadas, a recuperação dos moinhos, de forma a permitir que o vale possa reter o máximo de água, para não acontecer o que há alguns anos aconteceu com a enchente repentina que destruiu a Marina do Freixo.

Solicitamos à Câmara Municipal do Porto que faça alargar a área de implementação do futuro Parque Oriental até à foz do Rio Tinto.

E solicitamos à Agência Portuguesa do Ambiente que nos faculte a consulta do projecto e dos eventuais estudos de impacte ambiental que suportarão toda a intervenção.

Melhores cumprimentos


Alexandre Gamelas, Nuno Gomes Oliveira, Francisco Queiroz, Francisco Sousa Rio, José Pedro Tenreiro, Malcolm Millais, Paulo Ferrero, Paulo Sousa Costa e Rui Ferreira

Reabilitação do antigo matadouro industrial - protesto e chamada de atenção à CMP

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto Dr. Rui Moreira CC. AMP e media Tomamos conhecimento de imagens virtuais dand...